terça-feira, 17 de novembro de 2009

Muro de Berlim



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Após 20 anos da queda do Muro, divisões persistem na Alemanha
MÁRCIA SOMAN MORAES
da Folha Online
O governo alemão preparou uma grande celebração para o dia 9 de novembro, data que marca os 20 anos da queda do Muro de Berlim --considerado o marco reunificação do país após 40 anos dividido em um regime capitalista --ao oeste-- e um regime socialista--ao leste.
As diferenças entre as duas metades alemãs, contudo, ainda são visíveis na economia, nas relações e até mesmo na paisagem marcada, de um lado, pela reconstrução, e, de outro, pelos prédios destruídos pela Segunda Guerra (1939-1945), que levou à divisão do país.
"Embora mais amenas, as diferenças ainda são visíveis. O PIB [Produto Interno Bruto] é muito maior no ocidente, a imigração é maior do leste para o oeste", cita o historiador Jürgen Kocka, presidente do Centro de Pesquisa em Ciência Social em Berlim.
Markus Schreiber-21out.09/AP

Moradores passam por resquício do Muro de Berlim já pintado por dezenas de artistas; muro virou patrimônio histórico
Por 40 anos, o lado oeste da Alemanha viveu sob um regime capitalista controlado por França, Inglaterra e Estados Unidos e injetado com cerca de US$ 3,3 bilhões do Plano Marshall --o plano de reconstrução europeia desenvolvido pelo então secretário de Estado americano, George Catlett Marshall, que apagou as marcas da guerra e construiu um país competitivo e desenvolvido.
Já o lado leste, viveu sob um regime socialista que priorizava a indústria pesada de exportação como forma de compensação aos danos causados pelos alemães à União Soviética, uma política que não priorizava a produção de bens de consumo e que negligenciava a infraestrutura já danificada da região.
"A transformação econômica pós-unificação foi difícil e ainda está em desenvolvimento", afirma o professor Arnd Bauerkamper, do departamento de História Comparada da Europa da Universidade Livre de Berlim. "As taxas de desemprego, por exemplo, são de cerca de 8% no lado oeste e 10% no lado leste.'
Wessi e Ossi
Os legados do Muro de Berlim estão também na sociedade alemã, afirma Kocka. "Embora 20 anos tenham se passado, persiste a ideia de que os alemães do leste são de segunda classe e menos desenvolvidos economicamente. O que é uma questão de reconhecimento do próximo que de realidade".
Depois da unificação, muitos alemães orientais ressentiam o que consideravam a arrogância e a insensibilidade dos seus compatriotas do oeste. Os termos pejorativos Wessi --abreviação da palavra alemã para ocidentais- e Ossi --abreviação de orientais-- tornaram-se o símbolo na cultura alemã das diferenças marcantes entre aqueles que haviam vivido 40 anos sob dois regimes opostos.
AP-Ago.61

Moradores de Berlim observam operários erguendo o Muro
"São heranças de memória, estilos de vida diferentes que estão presentes no comportamento e na paisagem, principalmente de Berlim. As atitudes mudaram significativamente, mas serão necessárias duas ou três gerações para que a sombra do Muro seja esquecida de vez", afirma Bauerkamper.
Criação do Muro
Se as lembranças do Muro de Berlim demorarão duas gerações para serem esquecidas, a construção da barreira que dividia a capital alemã despontou na paisagem da cidade em apenas uma noite --do dia 12 para o dia 13 de agosto de 1961.
O Muro foi resultado de um decreto aprovado pela Câmara do Povo da República Democrática Alemã (RDA) em 12 de agosto. Inicialmente construída com arame farpado e blocos, a barreira foi substituída por uma série de muros de concreto que chegavam a cinco metros de altura e 120 km de extensão. A segurança era fortalecida por arame farpado, torres de vigilância, um campo minado e muitos guardas.
A medida drástica foi uma reação à fuga de alemães do oeste que ameaçava a estabilidade da RDA, com a perda de cerca de 3 milhões de pessoas --a maioria trabalhadores qualificados e intelectuais.
"A Alemanha Oriental teria ruído muito antes se o Muro não existisse. Ele era apenas a ponta mais drástica de toda uma fronteira fortemente vigiada", afirma Kocka.
Repressão
O Muro de Berlim tornou-se um símbolo do cerceamento das liberdades no lado leste e, embora tenha contido a ruína da economia da RDA, foi um grande passo no seu desmoronamento definitivo. "Os alemães orientais que não estavam ligados à elite do partido ficaram mais conscientes da divisão à qual estavam submetidos e rejeitaram o Muro como um símbolo da repressão do regime", afirma Kocka.
Muitos tentaram fugir do país mesmo diante do novo obstáculo. Estimativas históricas indicam que cerca de 5.000 alemães orientais conseguiram cruzar a fronteira, outros 5.000 foram capturados e outros 191 foram mortos durante a travessia.
O descontentamento, agravado pelo início do colapso do sistema socialista em toda a porção soviética do mundo, era ainda maior em Berlim pelas imagens trazidas pela televisão. O regime da RDA até tentou proibir a televisão ocidental, mas a proximidade do território tornava o sinal acessível a praticamente todo o país.
"Para o oeste, o Muro os dividia de um país sombrio e pouco interessante. Eles não ligavam muito para os vizinhos. Mas os alemães orientais olhavam de perto a ostentação do capitalismo pelos programas de TV, o que ampliava a curiosidade e a frustração pelo cerceamento da liberdade", afirma Bauerkamper.
Reunificação
Barbara Klemm-10nov.89/Divulgação

Milhares de alemães tomam conta do Muro de Berlim após anúncio de sua queda
A mudança nos governos das duas Alemanhas no início da década de 70 --com o chanceler Willy Brandt no oeste e Erich Honecker no leste-- levou a uma aproximação conhecida como Ostpolitik e a assinatura de um Tratado Básico que regularizou as relações entre das duas repúblicas.
A unificação entre as Alemanhas, contudo, só começou a parecer real, contudo, com a queda de outros regimes comunistas na Europa oriental e da ex-União Soviética.
A primeira brecha no Muro ocorreu pouco messes antes de sua queda, quando o novo governo reformista da Hungria permitiu a fuga dos alemães através da recém-aberta fronteira com a Áustria.
O governo de Egon Krenz, um comunista da linha-dura que assumiu para tentar reverter a queda do regime, tentou evitar a vergonha da fuga em massa de seus cidadãos. Na noite de 9 de novembro, Gunter Schabowski, funcionário do governo, anunciou erroneamente em uma entrevista a jornalistas transmitida pela televisão que o governo permitiria a passagem ilimitada para a Alemanha Ocidental "imediatamente".
Em poucas horas, multidões estavam no Muro e exigiam passar. Sem instruções e com poucas alternativas, os guardas permitiram a passagem de dezenas de milhares de pessoas que celebraram o fim do principal símbolo da divisão do país e ícone da Guerra Fria.
A abertura do Muro foi fatal para a RDA. Os protestos por um governo democrático ganharam força e, em meados do mesmo mês, Krenz foi substituído por um reformista moderado, Hans Modrow, que prometeu eleições livres.
A votação colocou Lothar de Maizière, membro de longa data da União Cristã Democrata, no poder e as negociações por um tratado de unificação começaram. No ano seguinte, em dezembro, os alemães foram às urnas para a primeira eleição democrática da Alemanha unificada.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u646989.shtml

Entenda a MP 458, que regulariza a posse de terras na Amazônia Legal



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Entenda a MP 458, que regulariza a posse de terras na Amazônia LegalO presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quinta-feira, a Medida Provisória 458, que prevê a regularização de terras na Amazônia Legal.

A expectativa do governo é de que, com a regulamentação das posses, os órgãos de fiscalização tenham maior facilidade para identificar e punir eventuais crimes ambientais na região.

Dois dos pontos mais polêmicos do texto, que haviam sido incluídos pelos deputados, foram vetados pelo presidente Lula.

Entenda o que está por trás da MP 458.

O que é a Medida Provisória 458?

A Medida Provisória 458 trata da regularização de terras na Amazônia Legal, abrindo a possibilidade de que os posseiros formalizem juridicamente seu direito a essas propriedades.

As propriedades de terra com até um quilômetro quadrado (100 hectares), que representam 55% do total dos lotes, serão doadas aos posseiros. Aqueles que possuírem até 4 quilômetros quadrados (400 hectares) terão de pagar um valor simbólico, e os proprietários com até 15 quilômetros quadrados (1,5 mil hectares) pagam preço de mercado pelas terras.

Os posseiros interessados em adquirir as terras precisam ainda atender a algumas condições, entre elas, ter na propriedade sua principal fonte econômica e ter obtido sua posse de forma pacífica até dezembro de 2004.

Após a transferência, o proprietário terá ainda de cumprir certas obrigações, como por exemplo, recuperar áreas que tenham sido degradadas. Pelo Código Ambiental, pelo menos 80% de cada propriedade na Amazônia deve ser preservada.

Qual o objetivo do governo com a MP?
O principal argumento em torno da Medida Provisória 458 é de que a regularização fundiária tornará mais fácil o trabalho de fiscalização e punição a eventuais desmatadores.

O governo diz que as ações de concessão de terras na Amazônia Legal estão interrompidas desde os anos 1980, “o que intensifica um ambiente de instabilidade jurídica, propiciando a grilagem, o acirramento de conflitos agrários e o avanço do desmatamento”.

O argumento é de que, ao transferir definitivamente essas propriedades aos posseiros, os órgãos de fiscalização poderão identificar e responsabilizar essas pessoas, caso seja constatado algum crime ao meio ambiente.

De acordo com as estimativas do governo, há 67 milhões de hectares de terras da União sob tutela de pessoas que não têm a documentação desses imóveis. Essa área representa 13,4% da Amazônia Legal e corresponde a pouco mais do que os Estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro juntos.

Estima-se ainda que 300 mil famílias, em 172 municípios, possam ser beneficiadas com a Medida Provisória.

Quais são os pontos polêmicos da Medida?
Alguns pontos do texto original da MP 458 já vinham sendo alvo de críticas dos ambientalistas. No entanto, foram as mudanças inseridas pelos deputados, durante a tramitação do tema na Câmara, que levantaram maiores polêmicas.

Um dos pontos incluídos previa a transferência da posse não apenas a pessoas físicas, mas também a empresas.

Além disso, a Câmara havia ampliado o direito de posse a pessoas que não vivem na propriedade. Ou seja, pessoas que têm a posse, mas que exploram a terra por meio de prepostos (terceirizados ou empregados).

Os dois artigos, no entanto, foram vetados pelo presidente Lula. Em sua justificativa, o presidente disse que “não há dados que permitam aferir a quantidade e os limites das áreas ocupadas que se enquadram nessa situação”.

Um outro ponto polêmico, também incluído pelos parlamentares, foi mantido pelo presidente: os imóveis acima de 400 hectares poderão ser vendidos depois de três anos. Pelo texto original, esse prazo era de 10 anos.

A medida terá algum impacto ambiental?


MP prevê a regularização de terras na Amazônia Legal
A MP 458 trata da regularização fundiária, mas um dos principais objetivos do governo com as novas regras é permitir maior controle sobre essas propriedades e, em consequência, sobre o desmatamento.

O governo espera que, com a regularização da posse, os órgãos responsáveis possam melhor identificar eventuais crimes ambientais. Dentre outras obrigações, os proprietários terão de cumprir a legislação ambiental, preservando 80% de suas terras.

No entanto, o pesquisador Paulo Barreto, da ONG Imazon, diz que a regularização fundiária – da forma como proposta pelo governo – pode ter um efeito contrário.

Barreto diz que a transferência das terras a preço abaixo do valor de mercado ou até de graça, como no caso das terras de até 100 hectares, significa um “estímulo” para novas invasões e a devastação no futuro.

“A medida pode até resolver um problema prático, de curto prazo, mas cria estímulos que são negativos. Fica a mensagem de que a invasão de terras e o desmatamento sempre serão anistiados”, diz.

Segundo ele, essa não é a primeira vez que o governo faz concessão de terras. “Ou seja, é um procedimento que vem se repetindo e que acaba estimulando as derrubadas e a impunidade”, diz.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/06/090623_mp458_fa_cq.shtml

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Impacto de cometas não destruiria vida na Terra


CHICAGO, EUA (AFP) - A eventual queda de um cometa sobre a Terra provavelmente não causaria a extinção da vida, como temem algumas pessoas, segundo um estudo divulgado nesta quinta-feira.

Astrônomos da Universidade de Washington realizaram uma simulação com a ajuda de computadores para estudar a evolução de nuvens de cometas no sistema solar nos últimos 1,2 bilhão de anos.

Os cientistas estudaram especificamente a nuvem de Oort, um resíduo da nebulosa que deu lugar à formação de nosso Sistema Solar, e que conteria bilhões de cometas.

"Nos últimos 25 anos, o interior da nuvem de Oort foi considerado uma região misteriosa e desconhecida do Sistema Solar, capaz de provocar explosões de corpos (celestes) que poderiam erradicar a vida na Terra", indicou o autor do estudo, Nathan Kaib.

A simulação, no entanto, mostrou que a Terra provavelmente foi atingida por cometas grandes o suficiente para causar danos consideráveis apenas duas ou três vezes nos últimos 500 milhões de anos.

É possível que estes cometas tenham colaborado para a extinção registrada no fim do Eoceno - um acontecimento "menor", segundo os critérios evolutivos -, que aconteceu há cerca de 40 milhões de anos.

Para Kaib, se isto de fato ocorreu, foi a chuva de cometas mais intensa desde os primeiros fósseis.
A baixa frequência "transforma estes fenômenos em uma causa pouco provável de outros episódios de extinção", concluíram os cientistas em seu trabalho, publicado na revista Science.

http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/090730/saude/eua_ci__ncia_astronomia

domingo, 3 de maio de 2009

A idade do gelo




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A Idade do Gelo ou Era Glacial é a designação dada ao período em que a Terra se encontra com uma atmosfera composta por uma quantidade muito elevada de água (humidade excessivamente elevada do ar), quando tem os seus ajuntamentos de água bastante ampliados (chegando a atingir a própria atmosfera da Terra), mantendo assim uma temperatura muito baixa (por isso também chamada Idade do Gelo), diminuindo o nível dos oceanos e gerando condições de vida bastante inóspitas.

Os indícios da existência dessa Era são bastantes evidentes até mesmo para as nossas épocas. A existência de fósseis de animais extintos, como dinossauros (animais répteis), e certas características em animais sobreviventes nos períodos actuais mostram fortemente os indícios da sua existência.

Segundo levantamentos feitos por estudiosos, o fim do período da Era Glacial é dado pela mudança da humidade atmosférica, fazendo com que se dê uma diminuição da quantidade de água existente no ar (queda da humidade relativa do ar), gerando assim o um acúmulo maior das águas nos oceanos e o aquecimento a nível global.

Durante os últimos milhões de anos houve várias Eras Glaciais, ocorrendo com frequências de 40.000 a 100.000 anos, entre as quais se destacam:
Glaciação de Gunz - há cerca de 700 mil anos
Glaciação Mindel - há cerca de 500 mil anos
Glaciação Riss - há cerca de 300 mil anos
Glaciação Wurm - há cerca de 150 mil anos
Tentando "prevenir-se" desta vez de uma nova Era Glacial (ou tentando retardá-la), o planeta, pela acção do Homem, está aquecendo-se lentamente, ao contrário do que precedeu outras Eras de Gelo. Nestes 100 anos de aquecimento o clima tem-se adaptado sem maiores alterações, acomodando-se às novas variáveis (CO², O³, fuligem, desmatamento, represas, etc.).

O impacto da actual civilização sobre o planeta é bem menor que o impacto de um meteoro, como aquele que supostamente provocou a extinção dos grandes répteis. De facto, estaríamos em vésperas de uma nova Era Glacial, já que em média o planeta experimenta 10.000 anos de Era Quente a cada 90.000 anos de Era de Gelo.

O ancestral humano deste período é denominado homem de Cro-Magnon (o Cro-Magnon são os restos mais antigos conhecidos na Europa de (Homo sapiens sapiens), a subespécie à qual pertencem todos os humanos modernos), que convivia com espécies animais já extintas, como os mamutes, os leões das cavernas e os cervos gigantes, entre outros.

O Ser Humano dispersa uma infinidade de espécies pela superfície do planeta: plantas, animais domésticos, etc. Em jardins zoológicos, parques, jardins domésticos, criações e plantações, espécies que nunca teriam saído por conta própria das suas origens, só o fizeram pela mão do Homem...
fonte: topazio1950.blogs.sapo.pt/199485.html

domingo, 12 de abril de 2009

Crânios provam corrente evolutiva



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De onde viemos
Crânios provam corrente evolutiva
É fato: os homens modernos surgiram há 200 mil anos. Mas, durante a maior parte desse período, nós não estivemos sozinhos. Pensa que os Homo sapiens não tinham companhia? Na verdade, convivemos com várias outras espécies de humanos. Veja aqui alguns vestígios de nossa origem e da extinção delas.

1848 - Neandertal

Na pedreira de um presídio de Gibraltar foi encontrado o primeiro crânio intermediário entre o macaco e o homem. O diretor de lá, Frederick Brome, era um colecionador de ossos. Para isso, obrigava os detentos a procurá-las.

1856 - Neandertal 2

O crânio de Gilbraltar não havia sido nem analisado quando uma outra ossada, de 70 mil anos, foi encontrada por mineiros em uma caverna no vale do Neander, Alemanha. Um antropólogo, Johann Fuhlrott, concluiu que era de um velho Homo sapiens e o batizou com o nome do vale. Mas a classificação do Neandertal como um Homo sapiens continua no centro de uma acirrada discussão.

1891 - Homo erectus

O elo perdido entre o Neandertal e o Homo sapiens foi achado na Indonésia por um médico fascinado pela teoria da evolução de Darwin, Eugene Dubois. O Homo erectus, ancestral das duas espécies, viveu entre 1,6 milhão e 250 mil anos atrás.

1924 - Criança de Taung

Darwin e sua teoria da evolução afirmavam que a origem humana estava na África. Mas isso só foi aceito quando um professor de anatomia, Raymond Dart, encontrou na região de Taung, África do Sul, uma ossada mais antiga que a de Dubois, com 2,5 milhões de anos. O Australopithecus africanus tinha 4 anos de idade ao morrer.

1960 - Homo habilis

Também na África foi achada a ligação entre o Australopithecus africanus e o Homo erectus. Quem descobriu a ossada foi o casal Louis e Mary Leakey, na Tanzânia. Era parecido como o Homo erectus, mas andava curvado, como o Australopithecus.

1973 - Lucy

A “primeira família do mundo” é da Etiópia. Descoberta pela equipe do americano Donald Johanson, é composta de 13 vestígios de indivíduos que teriam vivido entre 3,9 e 2,9 milhões de anos atrás. Os ossos foram catalogados como Australopithecus afarensis. A ossada mais completa, que tinha 40% do esqueleto, ficou famosa: é de Lucy.

1997 - Luzia

O crânio do primeiro Homo sapiens da América tem 11 mil anos e é brasileiro. Foi achado em Lagoa Santa (MG), mas passou duas décadas guardado em um armário. Em 1997, depois de reconstituir o rosto do ancestral, o pesquisador Walter Neves concluiu que os primeiros americanos tinham traços negróides – eram mais parecidos com africanos ou australianos que com os índios.

2000 - O migrante

Surgiu em ruínas medievais da Geórgia o crânio mais antigo de um ancestral fora da África. Ele teria vivido há 1,7 milhão de anos, mesma época do Australopithecus e do Homo habilis.

2002 - Os mais velhos

Ainda em 2000, a velha Lucy perdeu seu trono de mais velha do mundo, ao ser encontrada no Quênia uma ossada de 6 milhões de anos. Dois anos depois, outra grande descoberta. Michel Brunet descobriu no Chade um crânio de 7 milhões de anos. A espécie foi chamada de Sahelanthropus tchadensis.

2004 - Hobbit

Outro gênero humano foi descoberto em 2004, na Indonésia. Com 1 metro de altura e cérebro do tamanho de uma maçã, foi comparado aos hobbits do filme O Senhor dos Anéis. Descendente do Homo erectus assim como o Homo sapiens, foi chamado de Homo floresiensis.

Língua solta: a expansão dos idiomas



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Língua solta: a expansão dos idiomas

Como o surgimento de civilizações díspares, a expansão de impérios e a abertura de rotas de comércio influenciaram na evolução de idiomas pelo planeta
por Daniel Azevedo
Com vocês, os Pierres Roulantes! Não fosse uma briga de cabeças coroadas no século 13, Mick Jagger, Keith Richards, Ron Wood e Charlie Watts poderiam ter o nome de sua banda Rolling Stones, que transformou a língua ao lado no maior ícone da música pop mundial, grafado em francês. Isso mesmo: no idioma de Baudelaire e não na língua de Oscar Wilde. Há 700 anos, a Inglaterra perdeu para a França extensas possessões no continente europeu. De birra, a corte fez do uso da língua inglesa uma reação patriótica contra a França. Até então, o inglês era coisa de camponeses , desdenhada pela literatura e imprestável para os registros do reino por ser considerada pouco elegante e carente de vocabulário para expressar idéias elevadas. Entre os nobres, o francês era o idioma oficial.

William Shakespeare seria um dos primeiros a redimir a língua materna ao escrever 37 peças teatrais com um vocabulário de mais de 30 mil palavras. Mas o triunfo do inglês se daria mesmo a partir do século 19, enquanto a Inglaterra se consolidava como império colonial. A supremacia da Inglaterra é coisa do passado, mas o idioma de Shakespeare se firma como língua ubíqua e já é falado por cerca de 1,5 bilhão de pessoas.

Quem se aventura por livros sobre a história dos idiomas dificilmente depara com relatos assim. Invariavelmente encontra obras áridas, de teor puramente técnico, destinadas a lingüistas, filólogos e especialistas do gênero. Lançado na Espanha, o livro Historia de las Lenguas del Mundo (“História das línguas do mundo”, sem versão em português) contraria essa tendência e cai no gosto dos leigos. Ao mesmo tempo que informa como se deu a evolução da linguagem entre a espécie humana e expõe as áreas de influência de 600 idiomas, o autor, o historiador e geógrafo Antonio Caridad Salvador, inclui no livro curiosidades como em que língua Cleópatra, fluente em vários idiomas, falava com o imperador Júlio César, ou, ainda, em que idioma se comunicava Jesus Cristo.

Uma das teses expostas na obra é a de que o surgimento da linguagem antecede o aparecimento do Homo sapiens (entre 160 mil e 200 mil anos). Antonio Caridad Salvador defende que, há 2 milhões de anos, já existiam idiomas rudimentares graças às semelhanças anatômicas entre os hominídeos bípedes e nós. Ter o corpo apoiado sobre duas pernas – e as conseqüências morfológicas decorrentes, como o descenso da laringe – foi fundamental para desenvolver as capacidades de emitir sons variados.

As palavras emitidas nos tempos pré-históricos se perderam no ar. A história mudou – ou melhor, começou – mais ou menos 5 mil anos antes de Cristo, com a invenção da escrita. Pelo estudo de registros que remontam àquela época, os filólogos puderam fazer uma espécie de “árvore genealógica das línguas”. Assim, dividiram-nas em 17 famílias. As mais faladas são as da família indo-européia (que inclui o português e o russo, passando pelo inglês e o alemão) e da sino-tibetana (com o chinês e o malaio, entre outras). As pesquisas também derrubaram o dogma segundo o qual todas as línguas eram derivadas do hebreu antigo. Uma tese que foi abraçada até pelo filósofo alemão Gottfried Leibniz (1646-1716), em escritos datados de 1710.

Apesar do esforço dos estudiosos, ainda há mistérios a desvendar. O japonês, o basco, o coreano e o tarasco (México central) são línguas isoladas, não têm parentesco com nenhuma outra. Ainda assim, sofrem influências. Há quem sustente que a palavra japonêsa “arigatô” vem do nosso “obrigado”, graças ao contato entre portugueses e japoneses ocorrido no século 16. O japonês atualmente falado nas quatro grandes ilhas e centenas de ilhotas do arquipélago tem cerca de 10% do vocabulário adaptado de palavras tomadas dos povos com os quais teve contato.

As idas e vindas dos homens tiveram mesmo importante papel na evolução das línguas. Invasões, guerras e abertura de rotas de comércio foram situações propícias ao aprendizado de uma segunda ou terceira língua. O grego, o persa, o chinês e o latim são exemplos de línguas que reinaram na Antiguidade. Bem como português, espanhol e francês, no tempo da expansão marítima. Detalhe: por essa época, o latim ainda corria solto. Em latim eram as cartas escritas pelos reis Fernando e Isabel, da Espanha, e entregues a Cristóvão Colombo para eventuais encontros com soberanos de terras desconhecidas. Também na língua do Lácio, o coração do Império Romano, eram os livros do cientista inglês Isaac Newton, em pleno século 17. A predileção era comum entre eruditos que versassem sobre temas como filosofia e química e que quisessem garantir a compreensão de suas idéias. Escrever na língua materna era condenar seu trabalho ao esquecimento. A primazia nas terras européias fez com que o latim figurasse entre os idiomas que mais deram frutos. Dele derivam as línguas ditas romances, ou seja, com raiz no latim. Português, italiano, romeno, espanhol, córsego e catalão são originárias do latim.

A preponderância de uma língua por longos séculos e em extensas áreas contrasta com uma imensa variedade de dialetos de grupos diminutos. Entre os países que têm maior número de idiomas vivos estão Papua Nova Guiné (817), Indonésia (717) e Nigéria (470). A África é o continente com maior diversidade: por lá há 2 035 línguas e dialetos. No Báltico, a pequena Lituânia abriga uma comunidade de 535 pessoas que falam o karaim. A tendência é a de que o dialeto desapareça. As línguas, lembra o autor de Historia de las Lenguas del Mundo, têm um ciclo de vida com começo e fim. Preservá-las, sugere, é respeitar a diversidade.

Em tempo: Cleópatra e Júlio César conversavam em grego e Jesus Cristo se comunicava em aramaico.



Mundo de vozes
Em respeito à diversidade cultural, a ONU adota seis idiomas como oficiais
A mais bela

Enquanto atuou no futebol, Zinédine Zidane foi um dos melhores jogadores do mundo. Nascido em Marselha, na França, ele se destacou pela bela visão de jogo e como driblador elegante (apesar da famosa cabeçada). Elegância no futebol, elegância no falar. A língua de Zidane é oficial em 31 países e é falada na Argélia, terra de seus pais. A fama do francês vem de longe. No século 18 virou língua da diplomacia. O prestígio avançou pelo século 20 e o idioma ainda é utilizado na administração da ONU.

Filha do deserto

Mais de 350 milhões de pessoas falam o árabe em países espalhados do oceano Atlântico até o Iraque. Fora dialetos locais, o idioma é mais ou menos o mesmo em todos os lugares. Assim, Yasser Arafat, ao defender a causa palestina, tornou-se liderança reconhecida nessa extensa faixa do planeta. Seu esforço lhe valeu o Nobel da Paz de 1994, que dividiu com Ytzak Rabin e Shimon Peres. Idioma de 22 países, o árabe também é oficial na ONU por causa da importância cultural dos povos do Islã.

Idioma feijão-com-arroz

A rainha Elizabeth II já não é tão poderosa como sua antepassada, Vitória, cujos domínios eram extensos a ponto de seus súditos cunharem a frase “no Império Inglês o sol jamais se põe”. Mas a soberana reinante tem a satisfação de ver sua língua no domínio do globo. O inglês é o idioma oficial em maior número de países: 51. Além disso, estão escritos em inglês mais de 70% do conteúdo gerado em internet, 50% das publicações científicas e 75% do correio mundial.

Poder oriental

Bao Xishum, 2,36 metros, é uma espécie de símbolo de um lugar onde tudo é macro. O homem mais alto do mundo mora na China, país com a economia que mais cresce no planeta, que é terceiro maior em extensão territorial, que tem a mais numerosa população do globo, 1,3 bilhão de pessoas. É por isso que o mandarim ou chinês é a língua que bate o inglês no quesito quantidade de bocas a emitir seus vocábulos. E aqui vai outro exagero: enquanto o alfabeto latino tem 26 letras, o mandarim conta com mais de 15 mil ideogramas.

A língua dos fortes

Vladimir Putin é popular na Rússia porque tirou o país do fundo do poço depois do colapso do regime comunista. Com mão de ferro, recolocou a economia nos trilhos. Foi também na marra que o idioma russo foi imposto por Josef Stálin a todos os Estados que formavam a extinta URSS. É de forma paulatina e pacífica, porém, que acontece algo de novo com a língua russa: a incorporação de influências do inglês, em termos relativos à economia, aos negócios e à tecnologia.

Nuestra lengua hermana

Uma das atrizes espanholas de maior projeção internacional na atualidade, Penélope Cruz tem como idioma nativo uma língua em plena expansão. O espanhol é uma das línguas da globalização. Da Espanha, ganhou boa parte das Américas. Nos Estados Unidos, já é o segundo idioma mais falado principalmente por causa de imigrantes do México. No censo, dois sobrenomes hispânicos – García e Rodríguez – apareceram pela primeira vez na lista dos dez mais comuns em solo americano.

A última flor do Lácio

No século 16, o português era língua franca entre ingleses, franceses e espanhóis em portos e regiões da África e da Índia. Era chamado “língua doce” por facilitar a expressão em prosa e verso de talentos como Luís de Camões. O português teve influências celtas, visigodas, suevas e, depois, francesas, árabes, africanas, indianas e indígenas. Uma reforma ortográfica, prevista para 2010, nos oito países que têm o português como idioma oficial, prevê a unificação da escrita.


Eu, tu, ele, nós
Os dez idiomas mais falados e influentes do planeta
1. Chinês

2. Inglês

3. Hindustânico

4. Espanhol

5. Russo

6. Árabe

7. Bengali

8. Português

9. Malaio/Polinésio

10. Francês


Saiba mais
OBRA

Historia de las Lenguas del Mundo, Antonio Caridad Salvador, Ronsel, 2006 R$ 32 329 págs.
fonte:http://historia.abril.com.br/cultura/conteudo_595559.shtml

segunda-feira, 9 de março de 2009

A Evolução dos blocos econômicos



Nesta animação, é possível observar a evolução dos blocos econômicos formados ao longo da história, desde o final do Império Romano até os dias atuais.


http://revistaescola.abril.com.br/multimidia/pag_animacao/evolucao-blocos-economicos-307567.shtml

Cinemática dos Mapas



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Cinemática dos Mapas

“pensar o mundo não é mais um privilégio europeu e a reelaboração do mapa do planeta é uma forma de libertação do colonialismo” (Milton Santos)


A Relatividade na Representação de Posições

Neste exato momento em que você se encontra lendo este texto, você está parado ou em movimento?
Supondo que a Terra está girando em torno do Sol, sua posição em relação ao mesmo está variando com o tempo?
Sua posição em relação ao computador está variando com o tempo?
Há duas respostas possíveis (e corretas) para a primeira questão, você concorda?

Você deve ter respondido que sua posição em relação ao Sol está variando. Logo em relação ao Sol você está em movimento (aposto que você já sabia!). E, provavelmente, você deve ter respondido que sua posição em relação ao seu computador não variou (supondo que você não desistiu de continuar esta leitura) , logo em relação ao computador você está parado (em repouso).

O que podemos concluir desta discussão inicial? Isso mesmo:

Tudo que diz respeito ao movimento é RELATIVO, isto é, depende do corpo em relação ao qual o movimento esta sendo considerado (a isto chamamos de REFERENCIAL).

Na verdade a própria descrição das posições depende do referencial! E isso tem impacto numa aplicação bastante familiar a todos nós: Os Mapas!

[aviso importante]
Este texto é melhor aproveitado se você puder seguir as tarefas propostas!


Atividade 1 para não dormir!

Desenhe um esboço de mapa (no seu computador ou em papel) de onde você se encontra agora!
Descreva no seu mapa pelo menos dois pontos de referência, por exemplo o seu computador e uma janela!
As perguntas abaixo referem-se ao seu desenho!

A posição dos pontos de referência, no seu mapa, é parecida com a posição dos pontos de referência reais, isto é, seu computador está a sua frente no mapa e “na vida real” também ?
Você teria algum motivo para “representar” no mapa um objeto a sua frente, quando na realidade ele está atrás de você?
Mas algumas perguntas inquietantes:

Você está se sentindo “de cabeça para baixo” agora?
Você sabe que estamos no Hemisfério Sul da Terra, não sabe?
Então, deveríamos colocar o sul do globo terrestre “para cima” ou “para baixo” nos nossos mapas?
Bem, como tudo que diz respeito ao movimento é relativo, logo tanto posso colocar o sul do mapa (ou Globo) para cima quanto para baixo. Mas como nós estamos no Hemisfério Sul, do nosso ponto de vista, o Sul está para cima, e seria RAZOÁVEL que usássemos o Sul dos mapas também para cima!!!


Quando digo que, para nós, o Sul (geográfico) está ‘para cima’ estou usando o Hemisfério Sul como referencial. Quando digo que o Norte(geográfico) está para cima, estou usando o Hemisfério Norte como referencial.

Assim como no desenho do mapa que você fez (você fez a atividade 1 não fez?) você preferiu representar o mapa, o mais próximo da realidade. Também deveríamos usar os Mapas, o MAIS PRÓXIMO da Realidade.

Por isso não é errado usar o mapa com o sul ‘para cima’, só é cinematicamente inadequado! Seria o mesmo que usar o seu retrato de cabeça para baixo!

Definição de Mapas

Mapas são representações/descrições do espaço. Portanto, representações não são absolutas! Dependem de onde se está observando o espaço (do ponto de vista da cinemática) assim como do contexto sócio-cultural de quem está fazendo a descrição!

Outras definições de mapas podem ser encontradas consultando o oráculo!

O conceito mais importante aqui é que numa Terra quase esférica, o “em cima” e o “em baixo” dependem do observador! Portanto, a escolha do Norte Geográfico para cima ou do Sul Geográfico para cima num mapa é relativa. Não faz muito sentido, cinematicamente falando, se adotar uma convenção, qualquer que seja ela.

Ademais, pra todos os efeitos práticos, na hora de se utilizar um mapa você deverá ajustar o Sul (ou norte, ou leste ou oeste) do mapa com o Sul (ou norte, ou leste ou oeste) geográfico local, que deve ser determinado astronomicamente ou aproximadamente por meio de uma bússola magnética.

Atividade 2 para não dormir!


Se você tem o google earth (não serve o google map!), experimente achar a sua localização. Dê um zoom e verifique que a representação usual (norte para cima) não coincide com a realidade! O mapa se aproximará mais da realidade se você coincidir o Sul (ou norte, leste ou oeste) com os pontos cardeais locais!

Concluindo

A idéia eurocentrista da Europa no Centro e na parte superior dos mapas não passa de uma visão do colonizador. Como os primeirso professores no Brasil foram os padres jesuítas, ele ensinaram a visão européia do mundo. E como essa visão vem sendo ensinada (acriticamente) ao longo dos anos, muita gente (inclusive professores!) acredita que o Norte Geográfico é absolutamente pra cima.

Como as imagens de satélites são processadas e disponibilizadas por estadunidenses e europeus, a representação da Terra que se veicula é sempre aquela de observadores no Hemisfério Norte, reforçando novamente a idéia falsa de que o Norte Geográfico está orientando absolutamente para cima!

O grande geógrafo brasileiro Milton Santos está corretíssimo ao enunciar a frase que abre este texto:

“pensar o mundo não é mais um privilégio europeu e a reelaboração do mapa do planeta é uma forma de libertação do colonialismo”

Mapas Suleados nos Vestibulares

Na Puc-RS caiu esta questão bacana sobre o mapas abaixo:

Responder à questão com base no mapa e nas afirmativas abaixo:


I. É uma projeção cilíndrica, caracterizando uma visão de mundo eurocêntrica, privilegiando a forma dos continentes.
II. Publicada pela primeira vez em 1973, pelo historiador alemão Arno Peters, indica uma projeção cilíndrica equivalente.
III. Pretende demonstrar uma visão geopolítica dos países subdesenvolvidos, pois enfatiza o ponto de vista do Sul, apesar de comprometer a forma dos continentes.
IV. É um mapa equivocado, pois o Norte está “embaixo” e o Sul “em cima”.
V. Foi idealizada no século XVI, pelo belga Mercator, e se caracteriza por ser uma projeção conforme, sendo muito utilizada nas Grandes Navegações.
A análise das afirmativas, relacionadas ao mapa, permite concluir que está correta a alternativa
a) I, II e III
b) I, III e V
c) I e V
d) II, III e IV
e) II e III
Resposta Certa: e

Na UFRJ, 2005, na prova de geografia da primeira fase (prova 2 que pode ser baixada aqui) aparece um mapa suleado, como se vê nesta captura de tela abaixo:



Na PUC-RJ, 2005, uma questão sobre mapas baseada no desenho genial da Mafalda (by Quino)


O amigo da Mafalda muda a posição do globo terrestre e com isso demonstra para ela que:

I - os países subdesenvolvidos não perderão mais suas idéias para os países desenvolvidos.
II - a Terra não tem cabeça nem pés e que podemos colocar no globo terrestre, por convenção, qualquer lugar na parte de “cima”.
III - as posições e a distribuição dos países e continentes que dominam a imaginação mundial podem ser mudadas.
IV - podemos virar o globo de “cabeça para baixo” e fingir que nós do hemisfério sul é que estamos de “cabeça para cima”.

Assinale:
(A) Se somente as afirmativas I e II estão corretas.
(B) Se somente as afirmativas III e IV estão corretas.
(C) Se somente as afirmativa I, III e IV estão corretas.
(D) Se somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.
(E) Se as afirmativas I, II, III e IV estão corretas.

Resposta correta pelo gabarito oficial: D. Eu penso que o item IV está errado, pois não se trata de fingir! Podemos adotar qualquer referencial para representar a Terra!

BônusA expressão “se nortear” ou “nortear-se” significa se orientar pelo Norte (geográfico). Obviamente que era isso que os navegantes do Hemisfério Norte faziam ao buscar se orientar pela estrela polar. Qualquer habitante do Hemisfério Sul que tente se orientar pelas estrelas verificará que isso só é possível procurando no Céu o Cruzeiro do Sul!

Portanto, orienta-se pelo Sul é o que se faz quando se está sem instrumentos de navegação no nosso hemisfério! E por analogia simples sulear-se seria o termo mais adequado

http://aprendendofisica.pro.br/blog/2007/12/20/cinematica-dos-mapas/

Como Estudar

Como Estudar
Embora todos nós gastemos inúmeras horas estudando,assim como os estudantes, nós recebemos pouquíssima orientação quanto às formas eficazes de estudo. Não existem atalhos para se estudar eficazmente, mas em geral, envolver-se ativamente no processo de aprendizagem torna o estudo eficaz. Alguns pontos específicos são óbvios: prestar atenção na aula, fazer a leitura, não deixar para mais tarde (procrastinar), enquanto outros que deveriam ser óbvios, não são: estudar em um lugar calmo, sem distrações, não enviar mensagens de texto durante as aulas(sms), fazer perguntas se você estiver com dúvidas.

Aqui estão três formas de se estudar não-intuitivas mas muito eficazes com base em resultados de pesquisa em psicologia:

Parcele seu Estudo
Nós seres humanos, como também outros animais, aprendemos mais, ao parcelarmos o estudo em sessões no tempo (pdf) do que se estudarmos tudo de uma única vez (por exemplo, cramming).

Por exemplo, ler um capítulo num momento, e revê-lo em outro momento, se você está estudando um conjunto de fichamentos (flashcards), estude-os todos os dias em vez de intensamente tudo de uma única vez.

Minha própria pesquisa mostrou as vantagens deste fatiamento nas aprendizagens investigando: "estilos de aprendizagem de artistas", novos vocábulos usando fichamentos (flashcards) e aprendizagem de conceitos de física, dentre outros tópicos.

Se você acha que o fatiamento do tempo não vai funcionar para você, pense novamente, fatiar os períodos de estudo é quase sempre eficaz, mesmo quando parece ser contraproducente.

Faça perguntas pra você mesmo
Testando-se a si mesmo enquanto estiver estudando tem duas vantagens:

primeiro, que exige recuperação dos conhecimento memorizados.Fazendo isso cria-se forte memorização do que se é estudado (pdf), que não é facilmente esquecido.
Em segundo lugar, o auto-teste permite diagnosticar a sua aprendizagem. Se você testa a si mesmo antes de seus exames, você pode identificar e corrigir seus pontos fracos com antecedência, em vez de lamentar-las posteriormente.

Um aviso: O auto-teste feito quando a informação ainda está fresca em sua memória, não funciona. Ela não cria memórias duradouras, e ele cria excesso de confiança.

Faça sumários e integre tudo

Após assistir uma aula ou lendo um capítulo, tente resumir os pontos principais e pensar em como eles se relacionam com o tema em geral e com a sua própria experiência. Este processo, conhecido como integração do conhecimento, cria lembranças duradouras e tem a vantagem de exigir-lhe recordar as informações.

Uma maneira de se fazer isso é "aprender através do ensino", isto é, ensine a outros sobre o que você aprendeu, incluindo seus colegas estudantes, ou, se você não se importa em ser enfadonho, aos seus amigos e família. Explicar exige integração e sumarização e é uma excelente maneira de expor as falhas no seu próprio conhecimento.

Os passos acima podem parecer desgastantes, mas a longo prazo os benefícios superam largamente os custos. Um aluno procurando minimizar seu esforço faria um bem a si seguindo estes conselhos

Nota:
Este artigo é uma tradução! O original, em inglês, pode ser lido apontando seu navegador para a URL abaixo:

http://bps-research-digest.blogspot.com/2008/02/how-to-study.html